Para quem nunca jogou adventures, são bem diferentes dos jogos de ação. Num adventure (aventura, em inglês) o jogador interage com a história, usando raciocínio e observação para solucionar enigmas e desvendar segredos. O envolvimento do jogador pode ser tão intenso, que os adventures são também chamados de "ficção interativa".

Amerzone é criação do respeitado quadrinhista francês Benoit Sokal. Na história de Sokal (criada para ser contada interativamente), Amerzone é um arquipélago perdido, descoberto nos anos 30 por um explorador francês. 60 anos depois uma série de cartas e manuscritos levam o jogador à tentar chegar em Amerzone e decifrar seus segredos.

O jogo é belamente ilustrado, com cenários panorâmicos onde o jogador pode interagir em 360º. A história é dividida em capítulos, que basicamente envolvem conseguir chegar à Amerzone com um veículo anfíbio movido por um ovo misterioso. As charadas são bem boladas e não são complexas, ótimas para jogadores de primeira viagem, exceto alguns enigmas caça-pixel que envolvem vasculhar minuciosamente os cenários.

Como aqui no Brasil não se acham muitos jogos europeus disponíveis, esse é mais um que vale a pena importar, ou ou aproveitar para trazer quando viajar (como eu fiz, trazendo seis adventures na bagagem!)

O gênero é popular na Europa e até mesmo no Brasil, mas nos EUA tem público muito restrito, já que os jogos nos EUA são voltados quase que exclusivamente para adolescentes do sexo masculino, com produtos massificados e repetitivos como acontece com TV e cinema.