Contido

Bon Vivant
 
Material baby II
por Liza Meller em 27-09-2009 19:16
http://contido.com.br/?aid=179
 
Ou como evitar que a mídia e as marcas tenham um efeito pernicioso sobre nossos filhos
 

Case e se reproduza. Consuma. Ilustração original by Gud.it 

Um amigo leu meu texto anterior e respondeu com parabéns. Agradeci e expliquei que foi um desabafo e está sendo uma tentativa de aglutinar pessoas que pensam como eu e meu marido, que estamos vendo outros pais à nossa volta transformarem seus filhos em pequenos materialistas. Estou meio cansada e de saco cheio de ouvir "mas seu filho será um alienado!" É mesmo? Eu fico lembrando daquela expressão, a tal da unanimidade burra... Será que o meu filho será o alienado... ou serão os filhos deles?

Que benefícios concretos a mídia massificadora, as marcas e os personagens infantis criados exclusivamente para consumo trarão aos meus filhos? Vocês já viram o desenho animado "Barbie Fairytopia"? Da primeira vez que eu vi, fiquei horrorizada... Parei calada na frente da TV, só vendo aquela coisa feita para vender boneca se fingindo de conto de fadas, mas sem o teor verdadeiro e arquetípico dos contos de fada. Em vez disso, eles colocam um conteúdo de conceitos contemporâneos, que no final só levam a um reforço dos conceitos de "compre para se sentir feliz" da sociedade moderna. Um perigo para a saúde emocional das crianças, mas os pais desavisados em geral acham bonitinho, legal (é como conto de fadas, não pode ser ruim) e deixam seus filhos assistir... 

Estou tendo um trabalhão para impedir que dêem para o nosso filho brinquedos cheios de botões, luzinhas e musiquinhas eletrônicas da Fisher-Price (a.k.a. Mattel)... Eles são considerados educativos e de boa qualidade. Eu sempre peço para comprarem coisas de pano, com guizos, texturas, cores, barulhinhos, coisas educativas que desenvolvem o bebê mas sem limitar sua criatividade em atividades fixas... Por enquanto estou ganhando, mas é sempre um esforço imenso. 

Juro que eu nunca imaginei que o trabalho de ser mãe viria desse lado. 

A propósito: quero deixar bem claro que não somos melhores nem piores que os outros pais. Temos apenas algumas escolhas diferentes da maioria. E queremos apenas que nossas diferenças sejam respeitadas pelas pessoas com quem convivemos. Senão a coisa fica muito complicada: lembro de uma ou outra linha de pensamento que quiseram obrigar todas as pessoas a agir e pensar de forma idêntica, e muita gente morreu por causa disso. Mas esse é outro papo e melhor deixar para depois. 


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